Imunoterapia para alergias alimentares: Funciona?
Postado em: 25/11/2024
A Imunoterapia para Alergias Alimentares é uma possibilidade real para quem busca mais liberdade na alimentação e deseja superar as reações alérgicas de forma segura. Desde os primeiros testes, realizados há mais de 100 anos, essa abordagem evoluiu significativamente.
Nos últimos 10 a 15 anos, consolidou-se como uma alternativa promissora para pessoas com alergias a alimentos como leite, ovo, amendoim, nozes, trigo e soja.
Quer entender melhor como esse tratamento funciona e descobrir se ele é ideal para você? Continue a leitura!
O que são alergias alimentares?
Uma alergia alimentar ocorre quando o sistema imunológico reage de forma exagerada a alimentos específicos. Embora as reações alérgicas sejam geralmente leves, em alguns casos, podem ser muito graves.
Os sinais podem afetar várias partes do corpo ao mesmo tempo. Entre os sintomas mais comuns estão:
- Sensação de coceira na boca, garganta ou ouvidos;
- Erupção cutânea vermelha e com coceira (urticária);
- Inchaço no rosto, ao redor dos olhos, lábios, língua e céu da boca;
- Vômito.
Anafilaxia
Nos casos mais severos, pode acontecer uma reação alérgica intensa chamada anafilaxia, que é potencialmente fatal. Os sintomas incluem dificuldade para respirar, tontura e sensação de desmaio.
Se suspeitar que alguém apresenta sintomas de anafilaxia, busque atendimento de emergência imediatamente.
O que é a imunoterapia?
Até pouco tempo, lidar com uma alergia alimentar significava evitar o alimento e estar sempre preparado para emergências com um autoinjetor de adrenalina. Hoje, a imunoterapia surge como uma nova esperança, ajudando o sistema imunológico a “aprender” a tolerar o alérgeno e reduzir o risco de reações.
Na imunoterapia, expomos o paciente de forma gradual e supervisionada a doses controladas do alimento que causa a alergia. O objetivo é que, com o tempo, o sistema imunológico se adapte a pequenas quantidades do alérgeno, até que o paciente possa tolerar quantidades maiores sem reações.
Esse tratamento pode transformar a vida de quem convive com alergias alimentares. Ao reduzir a sensibilidade ao alérgeno, a imunoterapia oferece proteção em casos de contato acidental. Embora não seja uma cura definitiva, muitos pacientes conseguem tolerar o alimento com segurança.
Tipos de imunoterapia para alergias alimentares
Existem três tipos principais de imunoterapia para alergia alimentar:
- Imunoterapia oral: você come ou bebe o alimento ao qual é alérgico;
- Imunoterapia sublingual: o paciente mantém o alérgeno sob a língua por um curto período, mas não o engole;
- Imunoterapia epicutânea: o alérgeno é administrado através da pele usando um adesivo.
Imunoterapia para alergias ao leite de vaca e ovo
As alergias ao leite de vaca e ovo de galinha são comuns em crianças pequenas. Embora muitas superem essas alergias por volta dos cinco anos, algumas precisam de tratamento. Para situações graves ou persistentes, fornecemos a imunoterapia oral na Clínica Alergovel, para os pequenos que ainda enfrentam essas reações.
Na imunoterapia oral, iniciamos com uma pequena quantidade de leite ou ovo, aumentando gradualmente a dose ao longo de semanas. O objetivo é “treinar” o sistema imunológico para tolerar esses alimentos sem sintomas. Após o tratamento, o consumo diário é importante para manter o efeito.
Esse tratamento é sempre realizado sob supervisão de um alergista e imunologista, com visitas regulares à clínica e suporte para emergências.
Nem todas as crianças com alergias são elegíveis para imunoterapia. Em casos de alta sensibilidade, o tratamento pode ser mais desafiador, com maior chance de efeitos colaterais.
Efeitos colaterais, riscos e cuidados na imunoterapia oral
Durante a imunoterapia oral, alguns efeitos colaterais leves são comuns, especialmente ao ajustar as doses. Entre eles estão:
- Coceira ou formigamento na boca ou garganta;
- Náusea;
- Dor de estômago.
Em alguns casos, ajustamos as doses ou aumentamos a frequência gradualmente para garantir o conforto do paciente. Se necessário, podemos recomendar o uso de anti-histamínicos para aliviar os sintomas.
O maior risco da imunoterapia oral é a possibilidade de reações alérgicas durante o tratamento. Embora raras, reações graves, como anafilaxia, exigem intervenção imediata com adrenalina. Por isso, realizamos o tratamento em um ambiente seguro, com uma equipe especializada pronta para agir em caso de emergência.
Adaptações na rotina
Durante o tratamento, orientamos evitar exercícios físicos intensos antes e depois das doses, pois atividades que elevam a frequência cardíaca podem aumentar a chance de reações. Essa adaptação é essencial e deve ser considerada ao iniciar a terapia.
Autoinjetor: um cuidado fundamental
Mesmo durante a imunoterapia, é recomendado que a maioria dos pacientes continue carregando um autoinjetor de adrenalina por segurança. Reavaliamos essa necessidade regularmente, priorizando sempre a segurança.
Imunoterapia: a melhor escolha para você?
Se os ajustes na rotina ou a possibilidade de reações alérgicas causarem preocupação, a imunoterapia oral pode não ser a melhor opção. Em algumas situações, evitar o alimento cuidadosamente pode ser mais seguro.
Na Clínica Alergovel, nossos especialistas estão prontos para esclarecer suas dúvidas e definir o melhor plano de tratamento para as suas necessidades. Agende uma consulta e descubra como podemos transformar sua experiência com alergias alimentares de forma segura e personalizada!
Alergovel
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